tag:blogger.com,1999:blog-44804717041665876212024-03-08T03:51:57.271-08:00Um barco, sem porto,Indo para cada vez mais perto do coração selvagem...Annahttp://www.blogger.com/profile/09074928679103214518noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-4480471704166587621.post-57056765610388274322010-07-27T06:34:00.000-07:002010-07-27T06:47:10.531-07:00Melancolia<div style="text-align: justify;"><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://whi.s3.prod.lg1x8.simplecdn.net/images/2508424/tumblr_l3on5zXUoh1qa0na7o1_500_large.png?1275979516" imageanchor="1" linkindex="16" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://whi.s3.prod.lg1x8.simplecdn.net/images/2508424/tumblr_l3on5zXUoh1qa0na7o1_500_large.png?1275979516" width="238" /></a></div><br />
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Se tem uma coisa que eu venho aprendendo com o tempo, é que haverá sempre um "over" na palavra "lovers", assim como um "lie" na palavra "believe". E sendo assim, enquanto houver um "us" em "trust", haverá sempre, sempre um "if" em "life". Então, eu me acho no direito de tentar ao menos acreditar que o "good" de "goodbye" pode mesmo ser verdade...</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
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Afinal, "adeus" só pode ter algo de bom num idioma em que não exista a palavra <b>"saudade"</b>.<br />
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<i>(Mesmo que, às vezes, o "adeus" seja o único jeito.)</i></div>Annahttp://www.blogger.com/profile/09074928679103214518noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4480471704166587621.post-50973545290546907462010-07-27T06:07:00.000-07:002010-07-27T06:48:15.298-07:00Metalinguagem sem propósito<div style="text-align: left;"><blockquote><blockquote><span style="font-size: small;"><i><b>Barco sem porto</b> / Sem rumo, sem vela / Cavalo sem sela / </i></span><br />
<span style="font-size: small;"><i>Bicho solto / Um cão sem dono / Um menino, um bandido / </i></span><br />
<span style="font-size: small;"><i>Às vezes me preservo / Noutras, suicido! </i></span><span style="font-size: large;"><a href="http://letras.terra.com.br/zeca-baleiro/49383/" linkindex="22"><br />
Flor da Pele</a> - Zeca Baleiro</span></blockquote></blockquote><br />
<blockquote><blockquote><span style="font-size: small;"><i>Viajar sem mim / Me deixar assim /</i></span><br />
<span style="font-size: small;"><i> Tive que arranjar alguém pra passar os dias ruins /</i></span><br />
<span style="font-size: small;"><i>Enquanto isso / Navegando, vou sem paz /</i></span><br />
<span style="font-size: small;"><i><b>Sem ter um porto</b> / Quase morto, sem um cais...</i><br />
<span style="font-size: large;"><a href="http://letras.terra.com.br/los-hermanos/77809/" linkindex="23">Veja Bem, Meu Bem</a> - Los Hermanos</span></span></blockquote></blockquote><br />
Post sem pretensão literária, encomendado por Manuella.<br />
Que agora fique explícito: o barco, mesmo sem porto, partiu de algum lugar...</div>Annahttp://www.blogger.com/profile/09074928679103214518noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4480471704166587621.post-32617586911934067972010-07-16T09:04:00.000-07:002010-07-27T06:49:01.152-07:00Engodo<div style="text-align: right;"><b></b><b>engodar</b> |<i> v. tr.</i><br />
1. Atrair com engodo.<br />
<i style="color: black;">2. Enganar ardilosamente.</i></div><blockquote><div style="text-align: justify;"><i style="color: black;">E desse engodo</i> <i style="color: black;"><br />
eu vi luzir,<br />
de longe, o teu farol.<br />
Minha ilha perdida é aí...<br />
O meu pôr-do-sol.</i> </div></blockquote><br />
Minha liberdade, visceral, por ele é tida como um mal;<br />
para mim, é uma desconhecida: uma estranha normal.<br />
Mas se eu digo [a ele] o que digo deve ser por hábito,<br />
e se digo que amo é por um ledo engano [dele].<br />
É que esse seu falso amor é uma cela e nela,<br />
no meio desse nó eu vi,<i> luzindo</i>, outro farol.<br />
Encontrei um outro alguém para chamar de pôr-do-sol.Annahttp://www.blogger.com/profile/09074928679103214518noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4480471704166587621.post-52518180160836098652010-06-27T14:50:00.000-07:002010-07-27T06:50:37.549-07:00Uma dança para duas pessoas tristes.Ela queria uma pausa que durasse vários compassos.<br />
Ele a ouviu; parou e aguardou. Daí ela sorriu,<br />
pois sabia que ainda havia um som - seu coração.<br />
E aí, então, ele lhe ofereceu a mão. <br />
Segue a valsa. <i>Até parar de bater...</i><br />
<br />
<blockquote><i>"Ode à cumplicidade de um amor perpétuo</i><br />
<i>e íntimo. Era um segredo dela. Só dela."</i></blockquote>Annahttp://www.blogger.com/profile/09074928679103214518noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4480471704166587621.post-7791206668917792422010-01-03T10:19:00.000-08:002010-07-27T06:52:01.520-07:00<div style="text-align: justify;">Seu sistema nervoso fora meticulosamente cultivado por algumas gotas de vodka, o suficiente para entorpecer defeitos em primeiro plano. Não era apenas sua garganta que queimava ou suas têmporas que eram alfinetadas, mas sim seu coração que conquistava o já citado primeiro plano – pouco a pouco, dissimulando minúcias para causar um arrependimento espesso mais tarde. Via-se agora em um ritual de segurar a garrafa perto de si apenas pelo sentimento de ter algo nas mãos. Assim, talvez, pudesse aquietar a angústia de se ver nas mãos de outro. Impotente, ser pequeno, objeto manuseado sem cuidado; sentia-se assim. Suas mãos circundavam a garrafa, girando-a enquanto uma risada nervosa preenchia o ar. Sentava-se agora. Era o mais indicado, pois se não fosse o álcool a lhe derrubar, seriam as palavras ditas que lhe tirariam o chão. Tentava sorrir por não saber o que fazer, mas a palpitação vinha como ondas quentes de tristeza, que baqueavam continuamente seu interior. Havia, enfim, roubado o valor daquele momento. Havia feito dele um refém, desejava trocá-lo por mais tempo para pensar – pensar em quê? Perguntava-se se algum dia ater-se-ia a algo inocente sem deixar suas marcas nele. Era o que fazia agora com um sentimento lhano, cravando suas unhas para segurá-lo. Não sabia mantê-lo sem agarrá-lo. Quão profano. Era tudo tão triste... E não saberia como ajeitar tudo mais tarde. Prendia-se nessa bulimia sentimental, onde as palavras lhe escapavam os lábios como a conseqüência de todo o álcool. Mas por que estragar esse momento de forma tão fácil? <i>– Você bebeu. </i>Continuou sorrindo, era tudo tão bonito. Era tudo tão triste. Um ano novo havia se aproximado da janela para ser educado e cumprimentar a todos. Congratulou-se, o planeta reiniciava sua trajetória em volta do sol e havia uma nova chance de recomeçar sua trajetória para dentro dos seus sentimentos. Quem acreditaria, pois, nas declarações de um dipsomaníaco traiçoeiro? Havia de arcar com as conseqüências de optar por uma máscara tão superficial. Desaxiomatizara seu amor com as primeiras gotas de álcool e lembrar-se-ia daquele instante como ninguém. As palavras dançaram por seus lábios enquanto colocava tudo em palavras, declarando-se de forma límpida. Abraçou a decepção. <i>“Se essa lua fosse minha / ninguém chegava perto dela...”</i> Mas a lua não era sua. Em vão, em vão... O álcool, ao menos, estava em suas mãos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
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"Baseado em fatos reais."Annahttp://www.blogger.com/profile/09074928679103214518noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4480471704166587621.post-37463358996382338872009-10-07T16:55:00.001-07:002010-07-27T06:53:58.194-07:00Pessimismo em notas<blockquote><br />
Dedos alvos enlaçavam o papel, absorvendo da tinta a ladainha em si. Seus rabiscos fizeram pó do acúmulo intenso nas pontas dos dedos, um sentimento espesso esperando para ser extraviado ao dar suas cores às palavras vis. Seus devaneios trouxeram o dedilhado de melodias sublimes, mas os dedos que musicavam a sublimidade não eram os meus, assim como o corpo petrificado em beleza adônica não me pertencia. Mas não importa, pois este ser restitui-me a voz perdida, preenche-me o vazio; preenche-me de agonia! Faz-me ansiar. Larga: afasta essa eloqüência que me destrói o íntimo quando me abraça de lado, já querendo sair. Pára de encobrir-me a alma só porque teu compasso provém do meu coração. Pára de tocar-me o âmago, pára de me fazer almejar sentir o gosto do que toca as cordas, do que encanta tanto. Eu quero.</blockquote>Annahttp://www.blogger.com/profile/09074928679103214518noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4480471704166587621.post-32143961311734474182009-10-06T07:46:00.000-07:002011-04-02T19:13:03.957-07:00Ode ao secreto<blockquote><div style="text-align: left;">Guardo-te em mim no âmago.</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div></blockquote><blockquote><div style="text-align: left;">Guardo-te em mim,</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">segredo sublime,</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">como íntimo e lhano;</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">ostentando-te,</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">secreto,</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">incerto. </div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">Pois que, assim, não estou bem.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">Mas se não houver de ser você,</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">não há de ser ninguém.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">E isso me mantém.</div></blockquote><span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span>Annahttp://www.blogger.com/profile/09074928679103214518noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4480471704166587621.post-82918092748898775562009-09-07T14:16:00.000-07:002010-07-27T06:56:29.163-07:00Au Clair de la Lune<div style="text-align: right;"><blockquote>We all deserve something.<br />
If you knew that I was dying...<br />
Would it <b>change</b> you?</blockquote></div><br />
<div style="text-align: justify;">A alvura do cômodo combinava perfeitamente com a candura do tenro menino, que se prostrava em meio aos lençóis brancos e à monotonia enfadonha com uma única companhia, de porcelana. A boneca – um típico pierrô francês, — parecia mirá-lo, e o frágil pequeno mantinha-se absorto ao encará-la, que lhe parecia tão frágil quanto o próprio.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Os olhos, de oliva inexpressiva, estudavam a imagem à sua frente. No rosto triste, uma típica lágrima estava pintada na porcelana, enquanto, por entre os traços tênues do infante, escorria uma gota de vida.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">E então, ele chorava; gotículas de seu sofrimento dissipando-se no alvor da roupa de cama.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Era possível tiritar naquele espaço amplo e branco, a atmosfera que rodeava o infante sempre cálida. Sua presença em si lançava labaredas de vitalidade, plantando sorrisos nos rostos de outrem. Em compensação, para a consternação dos mesmos, o sorriso não demorou em apagar-se de seu rosto, os olhos fechando-se. Janela entreaberta. Corrente de ar. O frio adentrava o local, uma sonoridade cortando o silêncio um dia confortante do quarto. </div><br />
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[...]<br />
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Era para ser um conto, mas algo sempre me impede de escrevê-lo assim.Annahttp://www.blogger.com/profile/09074928679103214518noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4480471704166587621.post-78808747994833612172009-09-05T13:04:00.000-07:002010-07-27T06:56:16.118-07:00Pull out the pin<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt;">O ponto de fuga para a minha decepção é a essência tão, tão humana. Seu rosto alcança a superfície e expõe a verdade: tão pura, genuína, composta de imagens decrépitas que profanam a imagem toda feita de luz. Sempre houvera algo de voluptuoso e irresistível na ignorância, que manteve a minha razão seduzida por tempo demais para a minha saúde mental. Agora que a superfície fora alcançada e o ar adentra meus pulmões, queimando como na primeira vez em que o ato fora feito, eu enxergo além de sorrisos: mente estreita e rasa; adentrá-la é inútil e se perder é insanidade. Nesse exato momento, amo a distância como nunca amei o ínfimo ser e prefiro ficar à deriva do que abraçar um acolher tão sonso. Pode ser um devaneio, mas o que se exprime em meio às palavras flutuando por sob o veneno é sincero. Se a carapuça servir... Agarre-a, utilize-a para se sufocar. E morra sem me assistir insana, exaurida e acataléptica de ódio! Não haverão informações póstumas sobre isso. </span></div>Annahttp://www.blogger.com/profile/09074928679103214518noreply@blogger.com0